Essa semana promete. Começam a sair as notas bimestrais, referentes ao primeiro bimestre. E eu sinto que vem tragédia por aí, levando em consideração que eu fui péssimo nas provas, e a maioria dos professores são verdadeiros carrascos.
Eu queria apenas que tudo desse certo no final, que eu conseguisse, mesmo com exame, a passar de ano, porque eu sei, que caso eu pegue alguma dependência, que eu não terei forças pra continuar. Me esforço de verdade, pra ir bem nas provas, trabalhos e seminários, mas nunca aparece um resultado de imediato. Talvez eu só não esteja focado, com diria minha mãe, talvez me falta tempo... hey, não, não posso ficar colocando culpa na falta de tempo, embora ela seja visível, porque na minha turma existem inúmeras pessoas que trabalham e estudam e são os primeiros da classe. Acho que o que me falta é apenas vontade, vontade de me esforçar mais. Pode ser isso, mas é tão difícil ter vontade de fazer aquilo que não se tem certeza, se é o melhor pra si mesmo. E junto com tudo isso, me vem o sentimento de vazio.
Antes, eu me preocupava em saber o que você estava pensando, em quê eu poderia melhorar, o que é o certo. Eu tinha vontade e forças para lutar. Hoje, eu não faço esforço nenhum. Deixo-me parado, esperando que as coisas se ajeitem por si só, que tudo se encaixe. Vejo meu coração tomar rumos que eu não queria, deixando você aí, não me preocupando nem comigo mesmo, nem com o que você deve estar pensando, aliás, saber o que você está pensando nesse momento é fácil. Você no seu mais intimo, lá no fundo da memória, e do coração, deve estar imaginando, que eu te esqueci, e que eu desisti de nós, que eu deixei esses quase quatro meses guardado dentro do meu 'guarda-sentimentos', que antes se chamava coração.
Ver tudo indo por água abaixo, e não ter vontade nem de gritar 'pare'. Ver a vida passar, e eu apenas existir, não me permitindo viver, ser feliz.
Talvez por enquanto deixar a vida passar seja uma boa escolha, deixar as coisas se ajeitarem para depois sorrir.
A irritação é evidente no meu rosto. Aquele menino calma de antes desapareceu, e o que ocupou seu lugar foi um menino sem tempo para abraços e sorrisos, sem vontade nenhuma para tal, e com os nervos à flor da pele.
E assim vou vivendo, tentando conciliar trabalho, faculdade, juventude e família, se está surtindo resultados positivos eu não sei, aliás o que eu realmente sei?