segunda-feira, 14 de setembro de 2009

13 de setembro de 2009 às 22:13

Imaginei esse momento por vários dias, meses... Todos de formas diferentes.
Uns bons. Outros, nem tão bons assim.
Mas, o inevitável sempre acontece. E embora minha vida, seja um misto de loucuras e aberrações, o que tinha quer ser escrito (ou lido), aconteceu.
Foi mais ou menos assim.
Hora de dormir. Desligar tudo, e deitar.
Não antes de dizer àqueles que merecem, um 'tchau', um eu te amo verdadeiro (para o caso de eu não mais acordar). E ele. O tempo. Ele nem me deixou dizer tais palavras, e outras vieram correndo me amedrontar.

Ela: eu tô lendo!
Ele: o quê?
Ela: desculpa, mas eu precisava ler.

De súbito. Os olhos se arregalaram, a pressão deve ter caído e subido, ao mesmo tempo. Deve ter havido uma mutação em minha face, diversos tipo de coloração invadiram meu corpo. Quase uma mutação genética. E como sempre, as lágrimas, vieram. Não correndo, apenas rolando!
E agora, José!?
O que fazer, quando sua vida está nos olhos de quem te ama e te conhece (ou pelo menos deveria), de quem é a sua vida?
Não deu pra fazer nada. Fiquei mudo.
Em transe. Por uns dez minutos, no mínimo.
Ninguém era capaz de me mover. De me fazer pensar.
Até a maneira como se respira e pensa eu esqueci, quem dirá eu conseguisse fazê-los simultaneamente.
Um novo, e agora José? O que eu digo pra ela?
Eu não sabia, mas eu também precisava dizer algumas palavras.


Ele: não, você não estragou nada.
Ela: eu amo você tá? Eu nunca vou te abandonar.
Ele: deixa-me buscar o ar. Eu não queria que fosse assim, dessa forma. Nem com essa palavras, não deveria ter colocado em palavras aquilo que é visível até ao cego. Mas já foi.
Silêncio.
Ele: ''em cada passo que eu der, em cada estrada que eu trilhar todo caminho que escolher sua mão me guiará!''
Ela: "amigos pra sempre, para sempre amigos sim, se Deus quiser!"


Só sorrisos e palavras não seriam capazes de agradecer à quem nunca me abandona. Só palavras não mudam o mundo.
Foi bom assim, eu sei que foi.
Pode ser que por agora não seja bom, mas lá na frente tudo vai se esclarecer.
Nada pra mim, é imediato, sempre tenho que esperar. E agora, não seria diferente.
As letras vão surgindo aqui, nessa imensa tela branca, com um De, e uma Para, mas eu não sei se é a hora certa, de voltar à redigir.
Queria esperar seus olhos. Eles me diriam muito mais coisas que as palavras.
Talvez eu nem tenha mais coragem. Quem sabe?

É, quem sabe!?

Nenhum comentário:

Postar um comentário