domingo, 11 de abril de 2010

A real história do patinho feio

Ontem foi o ponto final. Aquela festa, que eu prefiro nem me lembrar, foi o ponto alto da minha teoria: sou um peixe fora d'água nesse lugar.
É tão inexplicável esse turbilhão de emoções que percorrem minhas veias (onde deveria circular algum sangue), que eu fico perdido com as minhas próprias palavras. De ontem pra hoje eu ouvi dezessete vez a música mais antiga que conheço, e em cada vez que eu a ouço sinto uma coisa diferente. É possível acontecer isso, ou sou anormal!? Minha mãe falando aquelas coisas que me deixam constrangido, minha irmã boca aberta, meu pai me enchendo, me estressa! A vontade que tenho nesse instante é sair correndo, sem direção, apenas por correr, e depois cair em algum canto e ali dormir. É difícil as pessoas perceberem que eu sou normal, que tenho meus sonhos e objetivos, e que casar não está nos meus planos?! Já cansei de sofrer, de entregar meu coração para qualquer um pisotea-lo.

"We both know I'm not what you, you need. I hope life treats you kind, and I hope you'll have. All you've dreamed of. And I wished you joy, And happiness. But above all this, I wish you love. I, I will always love you...you!"


É horrível saber que o patinho feio não vai se tornar um cisne lindo, e que encontrará alguém para amar, e ser amado, e sorrir, dormir juntinho, e então quando chegar o dia dos namorados, aniversário ou qualquer dia, presenteá-lo e ver o sorriso mais lindo do mundo. Poder dizer que a ama e que pra sempre quer ficar ao seu lado. Fazer tudo isso é fácil, o difícil na minha história é o final, onde ninguém fica com ninguém. E apenas eu (e mais ninguém) chora.
Desisto antes mesmo de tentar. Não quero mais esperar um final feliz pra minha história, porque não quero o final feliz, quero a história toda, mesmo que isso seja apenas um sonho.

"Eu tinha uma necessidade desesperada, quase mórbida, de ser amado, ainda mais porque eu sentia que era feio, ruim e não tão amável." Edith Piaf .

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