domingo, 18 de abril de 2010

Questions between parentheses.

Durante os dois últimos anos, convivi (e convivo) com essa dúvida; isso vale a pena? Sacrificar (?) minha juventude pelo incerto, pelo ‘talvez’, vale a pena!? São essas interrogações que já fizeram moradia em minha cabeça, no departamento faculdade, e de lá se recusam sair. São setecentos dias aproximadamente a que eu me dedico a incerteza. A incerteza de profissão, de vida, de amigos. Um x-tudo, de nada. É complicado trabalhar com incertezas, mais complicado, diria eu, até que trabalhar com os contratos lá do escritório. MUITO, com letra maiúscula, mais complicado, diga-se de passagem. Todo ano. Todo dia. Toda aula. É a mesma pergunta: é isso mesmo!? Apenas gostaria que me respondessem, se isso vai valer a pena, se é realmente isso mesmo, porque daí... cara, daí eu me empenharia ainda mais, sacrificaria o pouco que fica por sacrificar, deixaria tudo, e então sentiria(?) o preenchimento de todo vazio. 
No manual do candidato, aquele que eu comprei lá nos correios – em maio de dois mil e sete; não tinha um parágrafo sequer dizendo, que eu poderia me perder (quem dirá, me achar) dentro do curso, não me disseram (deveria?) que eu teria que lidar com a incerteza, com os medos, com a solidão. E por quê, se isso é uma das coisas na qual mais temos contato quando entramos pra faculdade?! Mais uma pergunta sem resposta pra minha coleção. Não me disseram que eu teria medo, inveja e até uma cobiça pelo destino alheio, não me explicaram que eu iria querer me jogar pela janela do terceiro andar da faculdade, depois de escrever merda na prova, ou de calcular a depreciação da máquina duas vezes. Não me disseram que eu iria querer trocar de vida, assim como quem troca de roupa, tampouco me disseram que eu sentiria medo e que sozinho (no abandono da noite) eu choraria de medo.
Mas medo do quê, eu me pergunto?, de perder cinco anos na faculdade? De apenas deixar algo em troca de outro? Sabe, na mesma hora que eu escrevo essas linhas, eu me sinto tão mesquinho porque, querendo ou não, estou numa faculdade pública, e quantos não gostariam dessa situação!? Me vem à cabeça também um dia (ainda desconhecido) em que eu não vou acreditar que pude escrever tantas drogas por simplesmente estar me sentindo sozinho, ou simplesmente por algo estar dando errado. Não sei, são tantas incertezas agora, que fica até difícil pensar, preciso só de paz para o meu coração, e algumas palavras de apoio. Obrigado.

domingo, 11 de abril de 2010

A real história do patinho feio

Ontem foi o ponto final. Aquela festa, que eu prefiro nem me lembrar, foi o ponto alto da minha teoria: sou um peixe fora d'água nesse lugar.
É tão inexplicável esse turbilhão de emoções que percorrem minhas veias (onde deveria circular algum sangue), que eu fico perdido com as minhas próprias palavras. De ontem pra hoje eu ouvi dezessete vez a música mais antiga que conheço, e em cada vez que eu a ouço sinto uma coisa diferente. É possível acontecer isso, ou sou anormal!? Minha mãe falando aquelas coisas que me deixam constrangido, minha irmã boca aberta, meu pai me enchendo, me estressa! A vontade que tenho nesse instante é sair correndo, sem direção, apenas por correr, e depois cair em algum canto e ali dormir. É difícil as pessoas perceberem que eu sou normal, que tenho meus sonhos e objetivos, e que casar não está nos meus planos?! Já cansei de sofrer, de entregar meu coração para qualquer um pisotea-lo.

"We both know I'm not what you, you need. I hope life treats you kind, and I hope you'll have. All you've dreamed of. And I wished you joy, And happiness. But above all this, I wish you love. I, I will always love you...you!"


É horrível saber que o patinho feio não vai se tornar um cisne lindo, e que encontrará alguém para amar, e ser amado, e sorrir, dormir juntinho, e então quando chegar o dia dos namorados, aniversário ou qualquer dia, presenteá-lo e ver o sorriso mais lindo do mundo. Poder dizer que a ama e que pra sempre quer ficar ao seu lado. Fazer tudo isso é fácil, o difícil na minha história é o final, onde ninguém fica com ninguém. E apenas eu (e mais ninguém) chora.
Desisto antes mesmo de tentar. Não quero mais esperar um final feliz pra minha história, porque não quero o final feliz, quero a história toda, mesmo que isso seja apenas um sonho.

"Eu tinha uma necessidade desesperada, quase mórbida, de ser amado, ainda mais porque eu sentia que era feio, ruim e não tão amável." Edith Piaf .

sábado, 10 de abril de 2010

Others words.

"Na hora certa, a casa aberta, o pijama aberto, a família. A armadilha. [...] Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor."
Maybe I know somewhere deep in my soul that love never lasts. And we've got to find other ways to make it alone or keep a straight face, and I've always lived like this keeping a comfortable, distance. And up until now I swored to myself, that I'm content with loneliness, because none of it was ever worth the risk.

sábado, 3 de abril de 2010

Alguma anotação sobre o fim de nós.

Há quanto tempo eu não escrevo nada sobre você? Há quanto tempo, não penso mais em você? Meses, semanas, dias, horas... não sei. Não sei nem mais o que éramos, quem dirá a frequência em que penso em você. É engraçado, porque há alguns meses atrás eu não saberia o que seria de mim sem suas palavras, abraços, sua voz e suas falsas promessas. Hoje, meses depois de tê-lo perdido, vejo que não éramos as metades da laranja que achávamos que éramos. Éramos apenas dois solitários em busca de algum carinho, alguma atenção. Éramos dois sonhadores... não somos mais.
Fomos uma vida durante algum tempo. Hoje afirmo: realmente eu te esqueci. Doeu, machucou, demorou, mas eu te esqueci, e agora, depois de ter desperdiçado tantas lágrimas, eu vejo que o tempo sempre cura. É uma cura lenta, vagarosa, desoladora, mas é uma cura, afinal. E como todas as curas, ela só faz bem; restaura. E foi o que essa cura, essa abstinência das suas palavras me fizeram: bem. Demorou mais eu me restaurei, e quem sabe eu não esteja pronto pra outro ataque!? Sem mais palavras...
Sem mais você na minha vida.
And If I let myself go I'm the only one to blame!